Brasil tem perdas acima da média mundial. Conheça os principais motivos de perda e os segmentos que mais sofrem com esse tipo de prejuízo
O varejo mundial registrou perdas de 99,56 bilhões de dólares ao longo de 2017. Só no Brasil, as perdas chegaram a 2,34 bilhões de dólares, o que representa 1,99% da receita. Os números brasileiros estão acima da média mundial, que é de 1,82%.
Furtos e roubos dentro dos pontos de venda cometidos por consumidores ou visitantes são a maior causa de perdas ao varejo brasileiro, representando 29,17%, quase um terço do total de perdas. As perdas cujos culpados principais são os fornecedores ficaram na segunda posição, com 27,9%. Na sequência vem problemas de gestão de estoques, com 21,93% do total. Furtos ou fraudes realizados por funcionários responde por 21%.
No mundo, furtos em lojas praticado por consumidor também lideram as perdas, com 34,34% do total. Perdas por conta dos fornecedores (24,28%), furtos ou danos causados por funcionários (22,95%) e problemas na gestão de estoque (18,43%) fecham a lista.
Segmentos que mais sofrem
As lojas de departamento são as que mais apresentam perdas em relação à quantidade de vendas, com 2,35%. Em seguida está o segmento de moda, com 2,22%. Atacarejo é o terceiro, com 2,13%, seguido por eletrônicos (1,60%), produtos para casa e jardim (1,60%) e hipermercados (1,53%).
Entre os produtos mais furtados estão peças de vestuário, bebidas alcoólicas e eletroeletrônicos (tablets, smartphones e câmeras digitais).
Pesquisa
Os dados são da pesquisa Sensormatic Global Shrink, da Tyco Retail Solutions, líder global em prevenção de perdas e inteligência de inventário, e da PlanetRetail RNG, especializada em inteligência de mercado. O índice mede o desempenho de varejistas em todo o mundo e compara taxas de perdas de outros varejistas da mesma região e vertical.
O estudo abrange mais de 1.100 profissionais em posição de liderança em empresas de varejo em quatro regiões, 14 países e 13 segmentos. No total, são mais de 229 mil lojas contempladas pela pesquisa e faturamento de 1,5 trilhão de dólares.
Escrito Por: Raphael Coraccini
Fonte: Novarejo