Zimerman tem instrumentos financeiros que aumentam sua posição na companhia; vendidos tomam calor com alta de 40% do papel em dia de vencimento de opção

O conselho da Petz aprovou o memorando de entendimento (MOU) para potencial fusão com a Cobasi na última segunda-feira, acordo que foi assinado e comunicado ao mercado nesta sexta-feira pela manhã. Hoje, há vencimento de contrato de opções de Petz. Conforme dados consolidados de ontem, havia quase 31% do free float alugado, correspondente a R$ 340 milhões, o que significa um short squeeze épico nos vendidos diante da alta de mais de 40% no papel hoje. Ontem, PETZ3 fechou a R$ 3,50 e há pouco beirava os R$ 5.

O valor por ação da Petz acordado no MOU é de R$ 7,10 – além de incorporação da concorrente, a Cobasi vai pagar R$ 450 milhões aos acionistas de Petz.

Sergio Zimerman, maior acionista da companhia listada, tem também a maior posição em derivativos da empresa, direcionados para a valorização do papel. Ele detém atualmente 29,7% da Petz, com derivativos que podem elevar essa fatia para 49,1%. (Na call, disse que o mais adequado é considerar a posição atual, sem a soma dos derivativos.) Na fusão, terá 14,9% da empresa resultante na posição atual ou 24,5% considerando os derivativos. Os instrumentos financeiros do empresário (por meio de compra de call e venda de put) já constavam em documentos da companhia na CVM em março.

Aos analistas, Zimerman reiterou algumas vezes que as tratativas com a Cobasi – que tinham sido iniciadas no passado e deixadas de lado – só foram retomadas há 15 dias. O empresário disse também na teleconferência que a empresa não seria obrigada a revelar a mercado o MOU, mas optou por fazê-lo.

 

Fonte: Pipeline Valor
Escrito Por: Maria Luíza Filgueiras
Os derivativos da Petz
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