Estratégia de varejo proprietário aproxima companhia do consumidor na geração Z/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_b3309463db95468aa275bd532137e960/internal_photos/bs/2024/w/P/yi8sjBTbCEbMbbiUyNbA/img-6754.jpg)
A Nestlé está ampliando aposta na relação direta da KitKat com o consumidor brasileiro. A companhia suíça, que já tinha duas lojas da marca em operação na capital paulista e seis quiosques em shoppings no país, inaugurou hoje uma flagship no shopping Cidade São Paulo, e vai abrir unidades semelhantes no shopping Eldorado e no BarraShopping, no Rio, em março.
O modelo de varejo proprietário explorado no país ganhou espaço dada a relevância do mercado local. A companhia explora o formato em algumas outras poucas metrópoles globais estratégicas como Tóquio, Melbourne, Londres e Toronto.
“O negócio de chocolates da Nestlé no Brasil é o maior para a companhia no mundo, de longe, e ainda o que mais cresce”, conta Patrício Torres, VP global da divisão de chocolates da Nestlé, ao Pipeline. Não é à toa que a companhia tem um orçamento de R$ 6 bilhões para investir no país nos próximos dois anos.
“A maior parte dos nossos consumidores no Brasil é da geração Z, também por isso temos apostado em lojas que priorizam a experiência e no universo dos games e da música”, emenda o executivo. A companhia foi, por exemplo, patrocinadora das edições mais recentes do Rock in Rio e The Town.
Tem demanda até para as versões exóticas, garante a Nestlé, que lançou o KitKat sabor pão na chapa, o de pão de queijo, pitaia com manga e bolinho de chuva.
A estratégia direta no varejo é complementar à distribuição no atacado, que segue com o maior volume, incluindo supermercados, restaurantes e a forte distribuição na Americanas, mesmo na crise (a Nestlé é a principal credora entre os fornecedores). Outras marcas internacionais também já adotaram o modelo de varejo proprietário para ficar mais perto do consumidor brasileiro, como a Lindt.
Por aqui, as maiores marcas nacionais estão em contato direto com o consumidor, como Cacau Show e Kopenhagen.
Por falar em Kopenhagen, a aquisição feita pela Nestlé em setembro do ano passado ainda não foi concluída, mas o gostinho de varejo deve ajudar a administração a entender melhor o negócio. “O processo de aquisição da CRM só fecha formalmente em duas semanas, mas obviamente estamos muito felizes e confiantes após a aprovação das autoridades”, diz o VP. A aprovação do Cade foi dada na semana passada.