Equipamento que trata efluentes de obras é de baixo custo, simples de ser operado, compacto e pode ser transportado com facilidade inclusive entre os andares

Como o objetivo de desenvolver-se de forma consciente e menos agressiva ao meio ambiente, sobretudo aos recursos hídricos, nasceu o projeto Ecoágua desenvolvido pela Toctao Engenharia, e que deu origem à construção de uma estação de tratamento de efluentes de obras compacta, intitulada Mini ETE. Recém-apresentada e atualmente em operação na obra do Aparecida Shopping, o ineditismo do projeto está no baixo custo do equipamento, que é simples de ser operado, é compacto e pode ser facilmente transportado de uma obra para outra, inclusive entre andares em obras verticais, diferente dos sistemas existentes de tratamento de efluentes que necessitam de uma área considerável, além de não ser móvel.

Atualmente, a Toctao paga pelo metro cúbico de água potável da Companhia Saneamento de Goiás (Saneago), consumida na obra do Aparecida Shopping, o valor de R$ 15, enquanto o custo da água de reuso tratada pela Mini ETE é de R$ 3,35, um valor 4,47 vezes menor, que reduz o uso de água potável em cerca de 80%, gerando uma economia na conta de energia de cerca de R$ 10.200,00 por ano. Os valores são estimados em um consumo médio no canteiro de 5m³ (5 mil litros) por dia, por 20 dias por mês, durante 12 meses, o que totaliza 1.200 m³ de água. Esse consumo diário equivale à necessidade de água de até oito famílias.

O primeiro protótipo da Mini ETE teve um custo de R$ 39.575,97. Nesta base de cálculo, o equipamento se paga em 3,8 anos, contudo, o tempo de retorno pode cair para 1,5 anos com a redução do custo de construção da Mini ETE em escala industrial, o que reduziria o custo do equipamento, explica a coordenadora de Meio Ambiente da Toctao, Cinthia Martins. “A ideia é que a Mini ETE seja uma alternativa viável a qualquer obra, mesmo que o seu projeto não ofereça este recurso sustentável”.

A máquina teve seu conceito criado pela equipe de engenharia da Toctao e foi construída em parceria com o Senai Vila Canaã, após dois anos de diversas fases do projeto, pesquisa em canteiros de obras e testes em laboratório. É possível tratar desde o resíduo líquido da pintura dos empreendimentos à utilizada nas betoneiras e limpeza dos caminhões betoneira e até à água dos banhos nos chuveiros dos vestiários nos canteiros de obras. A cada 25 minutos o equipamento gera 300 litros de água de reuso tratada. O produto final é uma água transparente e inodora, com totais condições sanitárias para manuseio e que pode ser utilizada para qualquer fim, menos para o consumo humano. “A Mini ETE foi pensada e desenvolvida nos três vieses da sustentabilidade, por contemplar questões sociais, ambientais e econômicas. Além do ganho ambiental, a máquina gera uma economia de água que é revertida em uma redução da conta de água”, detalha Cinthia.

Conta-Gotas

O Projeto Ecoágua e o desenvolvimento da Mini ETE fazem parte das ações da empresa para economia de água denominadas Programa Conta-Gotas, que engloba diferentes iniciativas em suas obras e nos empreendimentos Toctao, fomentando ainda a conscientização entre colaboradores e comunidade sobre a importância do bom uso da água e do seu reuso. O Programa Conta-Contas recebeu o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2015, na categoria práticas eco responsáveis de preservação da biodiversidade e de educação ambiental. O objetivo do programa é incentivar a economia dos recursos hídricos em todas as suas vertentes, desde o uso no dia-a-dia até o tratamento e reaproveitamento de água nos canteiros de obras. “É preciso mudar o comportamento dos colaboradores com relação à utilização de água em suas próprias casas, pois só assim as mudanças poderão também surtir efeito no ambiente de trabalho”, conclui Cinthia que é tecnóloga em saneamento ambiental e mestra em engenharia do meio ambiente.

Fonte: ABRASCE

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