Levantamento do Ibope Inteligência mostra que 103 shopping centers devem ser abertos no país nos próximos quatro anos. Para escolher em qual deles abrir um negócio, o empresário precisa levar em conta, entre outros fatores, a localização, o perfil do público e o custo de instalação, de acordo com especialistas.

Luis Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), diz que os centros de compras preferem lojas que façam parte de uma rede, seja ela franquia ou não.

“Esses negócios, geralmente, têm marca consolidada, o que atrai mais público. Se o empreendedor quiser abrir uma loja de marca própria, ele precisa apresentar dados para convencer o shopping de que a sua empresa tem potencial e terá sucesso lá”, declara.

Para o consultor de varejo Luis Stockler, a vantagem das franquias é contar com o apoio do franqueador na escolha do shopping e até mesmo do local onde se instalar dentro dele. “O shopping tem um negociador profissional para fechar contratos com lojistas, por isso, é importante estar preparado ou contar com o apoio de alguém experiente na negociação.”

Apesar de os novos shoppings não contarem com um estudo detalhado sobre o público que frequenta o local, como ocorre com os centros de compras mais maduros, Stockler diz que antes do lançamento é feita uma análise da região para avaliar o perfil do consumidor local e a quantidade de pessoas que deverá circular pelo centro de compras.

“Com esta pesquisa de público, o empresário consegue avaliar se o seu negócio é interessante para aquela região ou não”, afirma.

Loja em shopping novo custa menos por oferecer mais risco

Mario Cerveira Filho, advogado especializado em direito imobiliário, diz que o ponto comercial em um shopping novo pode custar até metade do que em um estabelecimento que já funciona há algum tempo porque o risco é maior, já que a frequência de público não está definida.

Antes de abrir uma loja em um shopping em funcionamento, os especialistas recomendam avaliar se há fechamentos e aberturas de novas lojas com frequência, se o público consumidor já está definido e se é constante, ou seja, se não há apenas visitantes que vão ao local pela novidade, por exemplo.

Veja as dicas dos especialistas para escolher em qual shopping se instalar

Considere o retorno do investimento: Ao avaliar as informações fornecidas por um novo shopping, o candidato deve levar em conta que o empreendimento faz uma projeção de retorno do investimento para o período de sete a 12 anos, geralmente, diz Stockler. O lojista, normalmente, trabalha com um prazo menor, de um a cinco anos.

“Por isso é tão importante avaliar quando o empreendimento estará maduro pois, a partir daí, o lojista poderá se planejar e saber quando terá o retorno do investimento.”

Converse com lojistas: Antes de abrir uma loja em um shopping já existente, o diretor da Alshop orienta o empresário a conversar com outros lojistas para saber qual a frequência de público em determinado corredor e se ele está satisfeito com o estabelecimento.

Tenha marca desejada: O lojista terá vantagem na negociação se representar uma marca desejada pelo shopping. Assim, ele poderá escolher uma localização privilegiada dentro do centro de compras ou até ter redução nos custos, segundo Stockler. Por outro lado, lojistas menores ou independentes terão mais dificuldades.

Participe da associação de lojistas: Dessa forma, terá acesso às pesquisas feitas com consumidores e poderá defender seus interesses diante da administração do shopping.

Leia atentamente o contrato: Segundo Cerveira Filho, é comum que o contrato tenha “pegadinhas”, como aluguel ou fundo de promoção (para anúncios) em dobro nos meses de dezembro e maio, em que as vendas são maiores por causa do Natal e do Dia das Mães, por exemplo.

O fundo de promoção geralmente corresponde a 20% do aluguel e é pago pelos lojistas para custear propagandas e decorações temáticas, por exemplo. O ideal, de acordo com o advogado, é buscar orientação especializada antes de assinar.

 

Via UOL

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Recomendado por Edilson Mota de Oliveira
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