Dados do IBGE mostram queda no desempenho do varejo em relação a 2015, mas uma leve recuperação na comparação mensal. Entenda
As vendas do varejo apresentaram queda de 6,7% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados hoje (14). Apesar da queda nas vendas, a receita nominal aumentou de 5,2% nessa mesma base de comparação.
Esta é a 13ª queda consecutiva nas vendas na comparação anual. Com isso, o varejo acumulou recuo de 6,9% nos quatro primeiros meses do ano. Já o acumulado nos últimos 12 meses viu recuo de 6,1% e mantém a trajetória descendente iniciada em julho de 2014.
A pesquisa do IBGE é considerada o termômetro oficial das vendas do varejo. Segundo os dados na comparação mensal, frente a março, houve uma leve recuperação do setor, que viu alta de 0,5% nas vendas e de 1,2% na receita nominal.
O comércio varejista ampliado – que considera também as vendas de veículos, motos, partes e peças e também de material de construção – viu um recuo ainda maior nas vendas em abril, na relação com abril de 2015, de 9,1%. A receita nominal também teve queda, de 0,4%.
Nem em relação a março, o varejo ampliado sentiu alguma comparação. A queda nesse período foi de 1,4%, com recuo de 0,4% na receita nominal. Isso se explica pelo fato de setores como veículos e materiais de construção serem muito dependentes de crédito, que agora está escasso e caro.
Com esses recuos, o varejo ampliado viu uma queda de 9,3% nas vendas de janeiro a abril. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 9,7%.
Setores em alta e em queda
Todos os segmentos avaliados tanto no varejo restrito como no ampliado apresentaram queda nas vendas na relação com abril de 2015.
O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo sentiu queda de 4,4% nas vendas. Apesar de não ter sido a maior queda foi a que contribuiu mais para o desempenho negativo do varejo por ter peso maior que os demais – por ser mais essencial na vida dos consumidores.
A segunda maior influência foi exercida pelos setores de Combustíveis e lubrificantes (-10,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,4%); e Móveis e eletrodomésticos (-10,1%), três segmentos com recuos a dois dígitos.
Essas quatro atividades respondem por mais de 80% do resultado global do varejo em abril.
Os demais setores com taxas negativas foram Tecidos, vestuário e calçados (-8,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,3%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-14,6%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-18,7%).
Fonte: No Varejo
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