De acordo com o Monitoramento de Mercado ABRASCE – Índice Cielo de Varejo em Shoppings Centers (ICVS-ABRASCE) – em julho a receita nominal de vendas subiu 100,9% em relação a julho do ano passado. Em termos reais, o aumento no mês foi de 84,3%.
Os patamares mais fracos no ano passado continuam influenciando as taxas de crescimento mais expressivas. Em julho de 2020, por exemplo, a receita nominal de vendas tinha caído 48,9% (ou -50,1% em termos reais). No acumulado do ano, o crescimento das vendas em shoppings foi de 23,4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Comparando ao pré-pandemia, a atividade dos shoppings continua recuperando gradualmente os volumes de vendas antes do surto da covid-19. Em julho, as vendas nominais ficaram apenas 10,9% abaixo do mesmo mês de 2019. Em termos reais, o resultado foi -19,5% sobre julho de 2019. O resultado de junho de 2021 mostrou uma redução de 13,2% sobre a base de dois anos atrás. Em maio a queda tinha sido de 22,1% e em abril de 23,4%, ambos comparados aos seus respectivos meses de 2019. Nas lojas de rua, o aumento verificado foi de 17,1% em julho e de 11,9% no acumulado do ano, em comparação com os respectivos períodos de 2020.
Os shoppings também registraram um aumento no ticket médio de julho (R﹩ 140,95) em relação ao mesmo intervalo de 2020 (R﹩ 125,88). Nas lojas de rua, o ticket médio do mês foi de R﹩ 84,09, ante os R﹩ 82,51 em julho do ano passado.
Segundo o presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), Glauco Humai, o avanço da vacinação e a proximidade com o Dia dos Pais trouxeram um melhor desempenho às vendas no período. “Os consumidores estão se sentindo mais seguros para fazer suas compras e retomar hábitos como o de frequentar shoppings, ainda que com toda a cautela necessária. Esse resultado encoraja os empreendedores e os deixam mais otimistas quanto à retomada do setor como um todo”, afirma.
Em termos regionais, o Sudeste (205,2% nominal ou 180,0% real) e o Nordeste (109,8% nominal ou 92,5% real), continuam com taxas de crescimento nominais superiores a 100%, influenciados pelas bases mais deprimidas no ano passado (-79,5% nominal no Sudeste e -82,2% nominal no Nordeste).
As demais regiões também apresentaram robusto crescimento em julho, mesmo que em ritmo menor que o Sudeste e o Nordeste. No Centro-Oeste houve crescimento nominal de 94,0% (ou 78,0% real), seguido pelo Sul com alta de 93,5% (ou 77,5% real) e o Norte, com alta mais modesta de 56,0% (ou 43,1% real).
Ao analisarmos o período pré-pandemia, o Sudeste apresentou redução de 19,3% em julho (após -27,9% em junho), o Sul uma queda de apenas 1,7% (após -7,4% em junho) e o Centro-Oeste queda de 13,0% (após -17,3% em junho). Para o Norte e o Nordeste, o desempenho continua superior ao mesmo período de 2019, com crescimento em julho de 9,3% ao Nordeste e de 21,5% ao Norte