Segundo dados da CNC, varejo brasileiro deve crescer mais em 2018 do que conseguiu no ano passado, quando o setor registrou números positivos
Na última semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou um crescimento de 2% do varejo brasileiro em 2017. E pelo rumo que está tomando a economia o crescimento neste ano deve ser ainda maior, segundo projeções da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
A estimativa é de que o varejo restrito registre um crescimento de 3,2%, ao passo que o varejo ampliado, aquele que considera o varejo de material de construção e veículos deve crescer 5%.
O desempenho de 2018 deve ser influenciado pelo maior ritmo de atividade econômica, segundo a Confederação. O maior consumo das famílias em um ambiente de inflação ainda baixa, e os juros menores deverão permitir que as vendas no varejo mantenham a tendência de alta.
Primeira alta desde 2013
O desempenho do varejo no ano passado foi a primeira alta do setor depois de 2013, quando o setor viu aumento nas vendas de 4,3%. Segundo Fábio Bentes, economista da CNC, o crescimento verificado em 2017 recupera praticamente 1/5 das perdas provocadas pela crise econômica.
“Por trás dos resultados positivos de 2017, há, claramente, a contribuição positiva da menor taxa de inflação (+2,95%) desde a implantação do regime de metas em 1999. No comércio varejista, os preços dos bens de consumo duráveis e não duráveis registraram deflação em 2017 de -1,17% e -2,69%, respectivamente, de acordo com o IPCA”, afirmou Fabio Bentes, economista da CNC.
A evolução no faturamento também comprova, segundo a análise, o início do processo de recuperação do varejo no ano passado, tendência já confirmada pela recuperação parcial do emprego formal no setor (+26 mil vagas em 2017) e pela retomada da abertura líquida de lojas a partir de outubro do ano passado.