Com cinco lojas em Minas Gerais, sendo quatro na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e uma em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a Telhanorte tem grandes ambições para o Estado em 2021.
Embora não revele detalhes, o CEO da empresa, Juliano Ohta, disse que os planos para o exercício incluem não apenas a abertura de novas unidades, mas o avanço no formato atacarejo e uma renovação ampla dos pontos de vendas em todo o País.
Segundo ele, o plano compreende a abertura de pelo menos mais quatro unidades de bairro no decorrer de 2021, totalizando 78 lojas espalhadas pelo Brasil. Outra grande aposta da Telhanorte para os próximos meses diz respeito à atuação no atacarejo. Uma unidade no formato já está sendo construída em Campinas (SP).
“Nossa ambição para o exercício inclui mais uma loja de atacarejo e um programa forte de renovação das nossas lojas”, disse, sem revelar detalhes.
O processo ocorre também em vistas das mudanças ocorridas nos últimos anos – e mais precisamente de 2020 para cá. As alterações no perfil de compra das pessoas e as novas tecnologias trouxeram grandes oportunidades para o segmento, que se fizeram ainda mais importantes com a pandemia de Covid-19 e as restrições de deslocamento como uma das orientações das autoridades sanitárias para conter o avanço da doença.
Neste sentido, a transformação digital da empresa foi fundamental para a manutenção e até mesmo crescimento dos negócios diante de um cenário tão desafiador como o que o Brasil está inserido desde março do ano passado, quando a doença chegou ao País.
“Há três anos, quando iniciamos na Telhanorte um projeto de transformação digital, nenhum de nós imaginou que nosso trabalho seria testado de forma tão rápida e exigente como em 2020. Toda a visão do universo virtual mudou de forma abrupta e absurda e as ações da empresa partiram da necessidade de entender qual era a dor do cliente em cada momento”, explicou.
E deu certo, pois as vendas da Telhanorte cresceram mais de 10% em 2020 na comparação com o ano anterior. No caso do e-commerce, mais que dobrou. Tudo isso também graças aos investimentos em logística e tecnologia durante a pandemia.
“No início, observamos uma queda repentina nas vendas. Mas após alguns meses, nos deparamos com um olhar mais cuidadoso do cliente para o próprio lar. E um aumento do desejo de mais conforto, que passava despercebido antes da pandemia”. Segundo Ohta, esse comportamento apontou alta no interesse por itens de decoração, jardinagem e pintura.
Tempo de entrega
Inicialmente, uma das principais ações na Telhanorte foi a redução do tempo de entrega. O prazo passou para apenas seis horas após a compra. Para que isso fosse possível, 12 lojas foram transformadas em centros de distribuição e as demais passaram a atender demandas dos diversos canais: e-commerce, televendas, whatsapp e drive thru.
Para este ano, as expectativas também são positivas. De acordo com o executivo, até o momento permanece a tendência de crescimento tanto nas vendas físicas quanto nas digitais, mesmo com o recrudescimento da pandemia e os novos fechamentos realizados no comércio de grande parte do País.
“Em São Paulo e Minas, por exemplo, onde estamos mais presentes, o funcionamento está bem restrito e estamos limitados às vendas digitais. Mas, para nossa surpresa, estamos indo bem perto do que poderia ser se tivéssemos as vendas presenciais. De toda maneira, os resultados poderiam ser ainda melhores”, disse.
O estado de São Paulo retornou à fase vermelha da quarentena há poucos dias. Já em Minas Gerais, Uberlândia já havia saído da onda roxa há algumas semanas e a RMBH deve ser liberada nos próximos dias, conforme o governo estadual.