Em tempos de crise, uma geração que cresceu em um período de estabilidade financeira descobre os prazeres da promoção.
Os jovens que hoje têm entre 18 e 30 anos passaram por um período positivo da economia. Os mais novos nem mesmo sabem o que foi a crise financeira que aconteceu antes da implantação do Plano Real. Assim, a crise que o Brasil está vivendo já há algum tempo é novidade para muitos.
Não por acaso, um estudo realizado pela Bullet aponta que esse público quer que as marcas apresentem promoções que amenizem as dificuldades decorrentes da crise financeira.
A pesquisa, feita em parceria com a MeSeems, com 1200 jovens de todo o país, detectou, antes de mais nada, que esse público é adepto à promoção – o que envolve diversos formatos, não só diminuição de preços.
Como mostra o estudo, 67% dos entrevistados disseram já ter participado de uma dessas iniciativas. Porém, o engajamento desses jovens depende da mecânica e, principalmente, do prêmio.
Em época de recessão econômica, quando 24% desses jovens estão desempregados (7% a mais em comparação ao mesmo período de 2015), é o prêmio em dinheiro o mais desejado. Isso significa que 40% dos entrevistados querem dinheiro. Com 22% das respostas, bens materiais como casa e carro vêm em segundo lugar. Em terceiro, e talvez o que mais diferencie esse público dos demais, estão os prêmios em viagens ou serviços de entretenimento, alcançando 20%.
De acordo com a gerente de planejamento da Bullet, Janaina Navarrette, com o poder de compra diminuindo, o primeiro item a ser cortado do orçamento dos Millennials é o entretenimento.
E é exatamente por isso que surge o desejo de que as marcas os ajudem a enfrentar esse momento desafiador da economia, assim não precisam abrir mão daquilo que gostam de fazer.
“A Bullet vem estudando muito esse jovem para ajudar marcas a criarem uma relação de confiança e a trazerem relevância em suas promoções”, comenta. “É preciso se colocar no lugar desse público para entender esse universo”.
Nesse sentido, ela aponta que a estratégia ideal é falar a língua desse jovem – sem exageros, é claro -, entender que o tempo deles é diferente e que os canais são diferentes. “Pensar diferente pode ser legal. Nos faz olhar além, criando novas formas, mecânicas, linguagens e produtos”, completa.