O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou n0 dia (16/09) que há cinco empresas interessadas na privatização dos Correios. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, ele citou quatro: a varejista Magazine Luiza, a gigante americana do e-commerce Amazon e as empresas de logística estrangeiras DHL e Fedex. “O importante é que já tem cinco players interessados. O Magalu é um deles, a Amazon, a DHL e Fedex. Já tem pessoas, grupos interessados na aquisição dos Correios, então isso é importante, porque não teremos um processo de privatização vazio”, diz.
Magalu e Amazon estão entre as gigantes que travam uma corrida no comércio eletrônico brasileiro para reduzir os prazos de entrega de seus produtos e conquistar mais clientes, conforme mostrou reportagem do GLOBO no domingo.
O aumento das vendas no Rio de Janeiro estimularam inclusive a decisão do Magalu de abrir um centro de distribuição no estado este ano e lojas físicas a partir do ano que vem.
Faria disse que o Congresso Nacional deve decidir como funcionaria o controle acionário e as obrigações da empresa que vier a comprar os Correios no processo de privatização.”Tem empresas interessadas em ocupar esse espaço, e elas sabem que você recebe o bônus e o ônus também, mas é uma empresa saudável”.
O ministro disse que pediu para que o tema ficasse sob sua responsabilidade no ministério e que conversará com líderes do Congresso e os presidentes da Câmara e do Senado para articular a tramitação do projeto de privatização.
Ministro cita greve em favor da privatização
Além disso, ressaltou que temas específicos, como a universalização dos serviços, também serão discutidos pelos parlamentares:
“Em relação à universalidade das entregas, entregar no interior da Amazônia, Rio Grande do Sul, outros estados, em relação a funcionários, quem for bom vai continuar, até porque a empresa tem que continuar, o debate disso é no Congresso Nacional”.
O ministro usou a greve dos funcionários dos Correios como um argumento para a privatização. Faria criticou a paralisação em meio à pandemia e afirmou que isso não aconteceria em uma empresa privada. ” Eu nem entrei no mérito da greve, quem debateu isso foi o próprio presidente dos Correios. Acho que isso (a greve) foi muito ruim pra eles, porque é um momento em que todos precisam dar o melhor de si”.