Pesquisa exclusiva feita pela E-Consulting para a NOVAREJO mostra que o e-commerce cresce na mesma proporção que o varejo físico
O e-commerce é um gigante. Não à toa, redes de varejo tradicionalmente físico lançam suas plataformas digitais de olho em um potencial de mais de 134 milhões de internautas – pessoas que pesquisam, conversam, compartilham e, porventura, compram na rede. Há anos, e mesmo diante da maior crise econômica que o País já viveu, o e-commerce cresce. Em 2018 estima-se um faturamento de R$ 77 bilhões, segundo levantamento exclusivo feito pela E-Consulting para a NOVAREJO.
Apesar do potencial e do gigantismo, o e-commerce não surpreende e segue crescendo no mesmo ritmo que o varejo físico. Ano após ano o segmento representa 5% do total de vendas do varejo. Nada mudou. “A penetração do digital não muda. Não estou introduzindo riqueza no setor”, afirma Daniel Domeneghetti, sócio da E-Consulting. “O todo cresceu, mas, se a penetração não muda, o problema não se resolve”, explica.
Em resumo: o varejo geral crescendo ou caindo, como ocorreu nos últimos dois anos, a representatividade do varejo eletrônico segue no mesmo ritmo. Isso é um problema na medida em que mostra a estagnação do e-commerce em gerar dinheiro novo. “Em diversos países, a gente viu essa proporção crescer, mas no Brasil você não tem um volume de substituição de varejo físico por varejo digital a taxas que garantem um bom mercado”, avalia.
Tanto é assim que, considerando as subcategorias avaliadas no estudo (Autos, Bens de Consumo e Turismo), o volume transacionado segue em um ritmo semelhante mesmo durante a crise.
Comportamento
Deve acompanhar esse crescimento aquele que consegue entregar o que o consumidor quer. “O comportamento é estável. Em geral, o cara que compra on-line está procurando produtos com preços competitivos, confiabilidade na entrega, integridade do produto – simples assim”, considera. “Todo o resto é resto”.
Nesse sentido, as grandes varejistas devem ter destaque, pois conseguem oferecer exatamente o que os consumidores querem agora: preços baixos. O estudo mostra que os preços competitivos é a principal razão para os e-consumidores comprarem on-line: 64% dos pesquisados mencionaram esse motivo.
“Uma loja virtual com uma marca pouco conhecida com usabilidade nota 10 perde para uma loja grande operando no virtual com usabilidade nota 5. Tanto é que grandes varejistas on-line brasileiros são estruturas de grandes varejistas físicos”, explicou Domeneghetti.