Usuários do SimSimi, que responde perguntas com uso de inteligência artificial, reportam comportamento agressivo do aplicativo
Tem circulado nos grupos de mães um alerta quanto ao aplicativo SimSimi, que se beneficia da inteligência artificial para responder diversas perguntas dos usuários. Além do teor sexual de muitas respostas, o que vem sendo reportado desde sua criação em 2010, agora o aplicativo estaria ameaçando seus usuários – muitos deles crianças – de morte.
O aplicativo, que se assemelha a um bate-papo, tem como símbolo um monstrinho amarelo, o que acaba atraindo as crianças, apesar da classificação indicativa ser de 16 anos. As respostas imediatas a qualquer pergunta são enviadas por um robô, que aprende com o comportamento de seus usuários e com as sugestões de resposta, uma das ferramentas do app. Outra é a possibilidade de reportar respostas ofensivas, para que elas sejam excluídas da rede.
Nas avaliações publicadas na Play Store, muitos usuários relataram o comportamento agressivo do aplicativo nos últimos tempos: “Gente, o SimSimi falou que o diabo fez esse aplicativo e que ele vai pegar a alma das pessoas que o instalarem. Ele falou que ia beber meu sangue e matar meus pais com uma martelada. Eu tenho 10 anos de idade, estou muito triste com isso”, escreveu uma criança.
O verdadeiro perigo reside na solidão de muitas crianças, que passam a considerar o SimSimi seu único amigo, alguém com quem sempre podem conversar, e acabam sendo expostas a conteúdos de violência. Apesar de inúmeras denúncias, inclusive de abuso sexual de menores, o aplicativo continua disponível para tablets e smartphones. Não tem jeito: cabe aos pais monitorar o comportamento dos filhos nas telas para prevenir qualquer dano psicológico.
Procurada pela Crescer, a assessoria do SimSimi Inc informou que o aplicativo não estará mais disponível para download no Brasil a partir desta sexta-feira, dia 20. Como o SimSimi aprende com seus usuários, eles acreditam que indivíduos mal intencionados tenham ensinado as ameaças de assassinato e sequestro ao aplicativo e preferiram retirá-lo do ar no país até que consigam ter um maior controle sobre as respostas no idioma.
Fonte: Revista Crescer