CPPIB aumentou a posição na corporation para 5,76% e analistas cogitam oferta hostil à frente

Em um sinal de que a BR Malls poderá ser pressionada pela base de acionistas para negociar uma combinação de negócios com a Aliansce, o fundo de pensão canadense CPPIB aumentou a posição na companhia de capital pulverizado, chegando a 5,76%.

A administração da BR Malls fez dois comunicados ao mercado sobre o investimentos dos canadenses na manhã de hoje. Num fato relevante, a companhia destacou que o CPPIB também é investidor da Aliansce — o fundo de pensão é o maior acionista da operadora de shoppings, com 23%.

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Em um outro comunicado, a BR Malls transmitiu a carta enviada pelo fundo canadense ao declarar que passou de 5% do capital — uma obrigação legal. No documento, CPPIB informa que o investimento não visa a alterar o controle, mas lembra que é acionista da Aliansce e que esta fez uma proposta de combinação de negócios das duas companhias.

No passado, o fundo de pensão já havia sido um acionista mais relevante de BR Malls, chegando a quase 10%. Há dois meses, no entanto, a posição não chegava a 1%. Em tese, um sócio com mais de 5% do capital poderia pedir a convocação de uma assembleia para votar uma fusão.

A jogada fez analistas e gestoras começarem a cogitar uma oferta hostil por parte da Aliansce, em que ela efetivamente lança um preço e uma data para adesão de acionistas. “Não descartamos um ajuste na oferta original da Aliansce que ainda tornaria a fusão um arranjo ganha-ganha, mas o movimento do CPPIB pode ser visto como uma tentativa de reter um lance muito mais alto”, analisou a equipe do Bradesco BBI, em relatório. Pessoas próximas à Aliansce dizem que uma oferta hostil não está no radar hoje . Hoje.

 

Escrito Por: Luiz Henrique Mendes
Fonte: Pipeline Valor

 

Acionista da Aliansce, fundo canadense aumenta poder de influência na BR Malls
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