Em meio às incertezas do atual cenário econômico e com a responsabilidade de entender e antecipar o pensamento e o comportamento do consumidor brasileiro, uma das perguntas que nós, da área de inteligência de mercado, mais recebemos é: “De que maneira o atual cenário vai impactar o meu negócio?”
É hora de entrar na briga por preços ou é hora de investir em inovações que chamem a atenção e atraiam o consumidor para a minha loja, ao invés da do concorrente?
Com resultados “fresquinhos” do terceiro trimestre do ano de nosso recém-lançado estudo de Foodservice – CREST, com muita satisfação podemos dizer que hoje já conseguimos endereçar grande parte desses questionamentos do mercado.
O que vemos no mercado de alimentação fora do lar é um terceiro trimestre acanhado, com expressiva perda de trafego afetando diretamente o seu faturamento.
Acompanhamos os restaurantes por quilo como um dos mais afetados, com retração na casa de dois dígitos tanto em faturamento, como em tráfego.
Porém, como diz o ditado ”enquanto uns choram, outros vendem lenço”. O mesmo aplica-se ao mercado de alimentação fora do lar.
Frente à forte inflação e ao menor poder de consumo do brasileiro, afetando especialmente as classes mais baixas, acompanhamos a diversificação de alguns canais como padarias e lanchonetes, ousando na oferta de pratos prontos a preços competitivos e mudando o hábito do brasileiro que hoje encontra um maior leque de possibilidades para driblar a crise sem abrir mão do hábito de comer fora do lar.
Ao mergulhar nesses hábitos, surpreende-nos a informação de que apenas 1/5 dos almoços servidos superam o ticket médio de R$ 20 por pessoa, e que esse número é menor ainda quando saímos da Região Sudeste.
Entender quem são, onde estão, o que escolhem e até os gatilhos de escolha desse público habituado a gastar menos de R$ 20 em um almoço, torna-se essencial para entrar nessa disputa por mais de 80% das visitas da hora do almoço (representado mais de 50% do faturamento do mercado durante esse momento do dia).
Os números de CREST mostram ainda que a Região Sudeste, com maior concentração da população economicamente ativa e um maior número de empregos (impactando na maior demanda por alimentação fora do lar), tende permanecer mais blindada frente ao atual cenário econômico.
Será que não é o momento de olhar com mais atenção para outras regiões, como a Nordeste, que hoje concentra mais de 30% do consumo de alimentos fora do lar e que pode sofrer mais fortemente os efeitos da crise?
E como atuar nesse cenário? Onde focar? O que oferecer?
Fonte: Mercado e Consumo
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