O consumo das classes C e D no Brasil cresceu 8% em maio, de acordo com a pesquisa de hábitos de consumo da Superdigital, fintech do Santander. O resultado aponta uma recuperação, uma depois de meses de quedas sequenciais em fevereiro, março e abril. O levantamento é realizado mensalmente e busca traçar o perfil do consumidor das classes C e D.
Os setores que mais alavancaram os números foram lojas de roupas (12%), transportes (10%), restaurantes (10%), combustível (8%) e hotéis e motéis (8%). Os gastos que mais tiveram queda foram com diversão e entretenimento (-19%), principalmente, jogos online.
Já no mês de maio, aponta a pesquisa, as pessoas passaram a fazer mais compras em estabelecimentos comerciais físicos e menos no e-commerce, fato relacionado à reabertura gradual do comércio e maior mobilidade. Em abril o consumo online representou 25% do total das compras, fatia que passou para 22% em maio. Já o consumo em lojas físicas passou de uma representatividade de 75% em abril para 78% em maio, com aumento nas categorias diversão e entretenimento (81%), serviços (12%), lojas de roupas (9%) e restaurantes (7%).
Para Luciana Godoy, presidente da Superdigital no Brasil, “depois do fechamento do comércio que houve no início do ano, as pessoas voltaram a ir a restaurantes e lojas. Percebemos uma mudança até no consumo de entretenimento, já que nos meses anteriores identificamos crescimento de gastos com jogos online. Agora, o consumo está sendo em parques de diversão, academias, entre outros serviços presenciais”.
Esta avaliação fica ainda mais evidenciada observando os valores médios gastos em maio com cada modalidade. Os que mais cresceram foram em companhias aéreas (7%), hotéis e motéis (5%) e restaurante (4%). “As pessoas estão gastando com itens que dependiam de maior circulação. Conforme o avanço da vacinação, elas se sentem mais confiantes para viajar, ir a um restaurante ou espaço público”, afirma a executiva.
Todas as regiões do Brasil apresentaram melhora, mas o crescimento mais robusto foi no Norte (14%) e no Sudeste (10%). Sul, Centro-Oeste e Nordeste tiveram alta de 9%, 5% e 2%, respectivamente.