O Grupo Fartura, dono da rede de hortifrutis Oba, entrou na fila das empresas que desejam abrir capital. A companhia protocolou seu pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no dia (20/10).
O pedido foi acompanhado pela minuta do prospecto preliminar. O IPO será composto por uma oferta primária (que representa o dinheiro efetivamente injetado no grupo) e por uma oferta secundária (aquele que será embolsado pelos acionistas que venderem seus papéis).
Fundada em 1979, a companhia é especializa na venda de alimentos perecíveis, como frutas, legumes e verduras, que respondem por 77% de seu faturamento. Em setembro, a rede Oba contava com 56 lojas, presentes em 14 cidades, além de dois centros de distribuição.
Faturamento grande, margem pequena
Segundo o prospecto preliminar, a companhia não viu a cara da crise causada pela pandemia de coronavírus. No acumulado de janeiro a setembro, sua receita líquida somou R$ 1,3 bilhão, marcando um crescimento de 31,4% sobre o mesmo período do ano passado.
O lucro líquido, R$ 43,2 milhões, foi 66,8% maior. A companhia também melhorou sua margem líquida em 72 pontos-base, passando de 2,7% para 3,4% na comparação. Seu ebitda foi de R$ 150 milhões, com crescimento de 45,1% sobre os nove primeiros meses de 2019.