Empresa aposta em novas soluções para reduzir tempo de entrega e começar a criar o app do futuro, acessado por assistentes de voz virtuais
O iFood anunciou o lançamento de duas novidades. Uma delas é o seu robô entregador, que vai passar a operar somente dentro de ambientes fechados. Isso por enquanto, até que a regulação seja atualizada e as máquinas possam ir até a casa do cliente final.
A ideia é agilizar o atendimento dentro de shoppings, com o robô retirando o pedido no restaurante e levando até os entregadores, do lado de fora do estabelecimento.
Outra novidade é a parceria com o Google, que vai permitir ao cliente fazer pedidos via assistente de voz dentro do aplicativo do iFood. A solução passa a estar disponível em algumas semanas por meio do App Actions do Google.
A tecnologia identifica o que é um prato, qual o contexto, o restaurante e exibe para o usuário a busca que ele está fazendo.
A solução já está disponível nos Estados Unidos e chegou ao Brasil para atender os clientes iFood que tem Android 5.1 ou superior. Estará disponível para 90% dos usuários do sistema operacional com conta no app da empresa.
O futuro da voz
O iFood aposta na combinação das novas tecnologias de atendimento por voz e inteligência artificial para derrubar o tempo da entrega nos próximos anos.
“Nossa visão para o iFood é usar inteligência artificial para ajudar a alimentar 10 bilhões de pessoas no mundo. E alimentar três vezes por dia”, diz Bruno Henriques, vice-presidente de Inteligência Artificial e Crescimento do iFood.
O executivo destaca, porém, as dificuldades ainda existentes de criar atendentes de voz eficientes.
“Daqui dois anos, os aplicativos vão mudar e não os veremos nunca mais do jeito que é hoje. Vai ser tudo via voz e por isso o assistente tem que ser muito bom. Você não pode dar brecha, tem que ser preciso ao deixar seu atendimento todo com um assistente virtual”, alerta o executivo.
Personalização
Henriques afirma que, antes de o atendimento por voz e inteligência artificial ganhar tração, as empresas já vão precisar ter uma enorme base de dados capturada pelo aplicativo para conseguir criar a experiência automatizada para o consumidor.
“Cada cliente vai ter um menu personalizado e o assistente de voz vai acionar o que cada um gosta. Para isso, vai precisar saber a probabilidade de ele comprar aquele item e vender com precisão. Para isso, precisamos ter um conjunto extenso de dados que atenda aquele cliente”, diz o executivo.