É a primeira vez que o índice apresenta queda desde setembro do ano passado. Na comparação com 2017, porém, a intenção de consumo aumentou
A Intenção de Consumo das Famílias recuou em abril. O índice registrou 86,9 pontos no último levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A variação negativa foi de 1,3% na comparação com os 88 pontos registrados em março.
O resultado demonstra insatisfação dos consumidores. A pontuação do indicador varia de zero a 200. Sendo assim, as pesquisas que indicam número acima de 100 pontos mostram otimismo. O maior índice foi registrado em dezembro de 2010 – 143,4 pontos.
Já na comparação anual, o resultado foi melhor. Houve crescimento de 11,4% na relação com abril de 2017. Antonio Everton Chaves, economista da CNC, avalia que a tendência da comparação mensal é oscilar: “ao longo de 2018 pode-se esperar que a ICF total se mantenha em crescimento ante os mesmos meses do ano passado. No curto prazo, poderá continuar apresentando oscilações por causa da lenta recuperação do mercado de trabalho e da cautela do consumidor quanto ao consumo”.
Apesar da queda da ICF ante março, o índice vem crescendo. A retomada da Intenção de Consumo das Famílias acontece desde julho de 2016, quando o indicador alcançou apenas 68,7 pontos. É a primeira vez desde setembro de 2017 que ocorre variação negativa no índice.
Emprego atual
O indicador da CNC é composto por sete itens. Um deles mede a satisfação do consumidor com o emprego atual. O resultado do componente foi 3,86% maior na comparação anual – 112,9 em abril de 2018 e 108,7 em abril do ano passado. Já na relação com março houve queda de 0,5%.
Na pesquisa, 33,4% das famílias afirmaram que se sentem seguras em relação ao emprego atual. Assim como a ICF, esta é a primeira vez que o componente registra queda desde setembro de 2017.
Consumo
Apesar de o resultado do Emprego Atual estar acima da zona de indiferença (100 pontos), o item Nível de Consumo Atual ainda está longe da marca. Com 63,4 pontos em abril. o índice registrou aumento na comparação anual (23,7%) e na mensal (0,5%).
O componente Momento para Duráveis caiu 6,25% no comparativo mensal. A influência da queda da inflação aparece na comparação com abril no ano passado: houve um aumento de 24% no índice, que registrou 63 pontos.