Em outubro, o comércio varejista no Estado de São Paulo criou 7.121 postos de trabalho, o segundo melhor desempenho em 2017, resultado de 77.839 admissões e 70.718 desligamentos. Foi o quarto mês consecutivo de geração de empregos formais. Com isso, o varejo paulista encerrou o mês com um estoque ativo de 2.073.078 trabalhadores formais. No acumulado do ano, o saldo ainda é negativo em quase 9.805 empregos formais, impactado pelo setor de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 13.190 vagas a menos. Após 29 meses consecutivos, o saldo acumulado dos últimos 12 meses voltou a ficar positivo, o que não ocorria desde abril de 2015. Entre novembro de 2016 e outubro de 2017, foram criados 834 empregos com carteira assinada.
Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
A assessoria econômica da FecomercioSP reforça que os números do mercado de trabalho formal no comércio varejista do Estado de São Paulo em outubro são realmente muito animadores. É o segundo melhor resultado para 2017 após a estabilidade apurada no mês de setembro, e o processo de reação fica mais evidente ao verificar que em todos os meses deste segundo semestre o número de admissões foi superior ao de desligamentos.
Entre as nove atividades pesquisadas, sete criaram empregos formais. O segmento mais expressivo foi o de supermercados, que abriu 2.486 postos de trabalho. Na sequência estão as atividades de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 1.923 vagas, e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, com 980 novos vínculos. Os setores de lojas de móveis e decoração e concessionárias de veículos fecharam 46 e 143 postos de trabalho, respectivamente.
Conforme destacado anteriormente, o varejo paulista voltou a registrar saldo positivo de empregos no acumulado dos últimos 12 meses. A geração de empregos nesse período foi impulsionada pelos setores de supermercados e de farmácias e perfumarias. Entre novembro de 2016 e outubro de 2017, essas duas atividades geraram 10.931 e 4.139 empregos formais, respectivamente, registrando também as duas maiores taxas de crescimento do estoque de trabalhadores de 1,7% e 2,5%, consecutivamente. Por outro lado, as maiores taxas de retração foram apuradas pelas concessionárias de veículos (-2,5%) e pelas lojas de móveis e decoração (-2,3%).
A FecomercioSP afirma que, com inflação baixa, juros em queda e retração do desemprego, naturalmente a propensão a consumir das famílias se fortalece, resultando em aumento de receita para os estabelecimentos comerciais e, consequentemente, geração de novas vagas com carteira assinada. Diante desse quadro, as projeções seguem otimistas para o mês de novembro, principal no quesito de geração de vagas, já que antecede o Natal, a data mais importante para o setor.
Varejo paulistano
Na capital paulista, o varejo abriu em outubro 1.754 postos de trabalho, resultado 23.313 contratações contra 21.559 desligamentos. No acumulado dos últimos 12 meses foram criadas 1.393 vagas. Com isso, o comércio varejista paulistano encerrou o mês com um estoque de 649.624 trabalhadores formais, crescimento de 0,2% em relação a outubro do ano passado.
Das nove atividades pesquisadas, os destaques positivos na variação de estoques de trabalhadores foram os setores de farmácias e perfumarias (4,5%) e autopeças e acessórios (1,7%), enquanto as maiores quedas foram observadas em concessionárias de veículos (-3%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2%).
No mês, o destaque foi o segmento de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, que registrou saldo positivo de 653 empregos, seguido pelos supermercados, com 277 vagas a mais. Os piores resultados ficaram com lojas de móveis e decoração (-29 vagas) e concessionárias de veículos (-6 empregos).