O Conarec trouxe uma especialista internacional em comportamento de Millennials. Amelie Karam também é da Geração Y e conhece muito bem seus pares. Veja
Nada melhor que um millennials para falar de outro millennial. Esse foi o mote do painel de abertura do segundo dia do Conarec com Amelie Karam, especialista internacional sobre o assunto. E foi o bate-papo foi realmente revelador.
Evidentemente que Amelie falou algumas obviedades sobre essas pessoas de 18 a 35 anos – ou 20 a 36, segundo uma versão americana. Os millennials são conectados, adoram mídias sociais e são entusiastas de causas e assuntos que mobilizam grandes massas – de preferência na web. “Eles sabem o que está ocorrendo no mundo. Se algo acontece no Sri Lanka ou em São Paulo, uma pessoa nos Estados Unidos fica sabendo depois de alguns minutos”.
Entender essa conexão é realmente entender essa nova geração de consumidores. E conversar com os millennials depende de outro millennial. Em outras palavras, a companhia precisa incorporar o profissional com esse perfil e, acima de tudo, empoderá-lo. Mas o que as empresas tem feito para conquistar esse profissional?
Conexão full time
O primeiro desafio é entender que o millennial tem hábitos de conectividades diferentes de outras gerações. Infelizmente, a conexão “full time” nem sempre é bem vista dentro de algumas companhias. Algumas pessoas entendem que é desperdício de tempo. Mas Amelie tem uma opinião bem distinta.
“Certa vez eu visitei uma empresa e questionei-a sobre uma política de uso do smartphone. Para minha surpresa, isso não existia. É preciso dar regras claras de uso, mas considerando que é preciso dar um momento para o funcionário usar o celular. Precisamos dar essa oportunidade em alguns momentos do dia.
Mas o millennial não é apenas sinônimo de conectividade. Ele também uma relação emocional com o mundo e com os problemas dos outros. Por isso, a causa é uma ideia presente na rotina dessa geração. “Ataques terroristas mostraram a capacidade de mobilização de pessoas que não tiveram uma relação direta com o assunto”, disse.
Equilíbrio
O equilíbrio também é alicerce para o millennial. Segundo Amelie, essa geração fala o que pensa e exige qualidade de vida tanto no trabalho quanto em casa. Em outras palavras, é preciso criar uma cultura millennial na corporação. “Mas o que eles querem? Querem horários flexíveis, querem viver plenamente, ou seja, viajar mais, entre outras coisas. Eles também querem um local de trabalho informal e não abrem mão de receber bons benefícios”, disse.
Um millennial plenamente satisfeito é um funcionário feliz. Amelie mostrou dados de uma pesquisa que mostra a distância entre o millennial alegre ou triste no ambiente de trabalho. O estudo mostrou que o funcionário feliz aumentou a sua produtividade em 12%. Por outro lado, o triste mostrou uma queda de 10%. Temos aqui uma diferença de produtividade de 22%”, afirma.
O funcionário millennial ainda quer receber um elogio, mas algo com ares de sinceridade. Ele quer apenas ser feliz, inclusive no ambiente de trabalho. No fim, Amelie cantou para o público do Conarec e exibiu o seu lado alegre ou apenas o seu lado millennial.
Escrito por: Ivan Ventura
Fonte: http://www.consumidormoderno.com.br/2017/09/14/visao-geral-millennials/