Terceiro tipo de roubo mais comum no Estado, aqueles realizados em estabelecimentos comerciais continuam a preocupar o varejo catarinense. O assunto – recorrente nos registros das delegacias de polícia – foi tema de conversa entre Ivan Tauffer, presidente da Federação das CDLs de SC (FCDL/SC), e o governador do Estado, Raimundo Colombo, na última semana. No encontro, Tauffer pediu uma solução para a crescente onda de assaltos. De acordo com estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP), estes crimes ficam atrás apenas de ocorrências contra pedestres e ataques a veículos. O número de casos mais que dobrou de janeiro a 20 de julho de 2016 em relação a igual período do ano passado. Em 2016 foram 3.234 ocorrências contra 1.470 no anterior e 1853 em 2014, segundo dados da pasta.Um dos motivos possíveis para o aumento da criminalidade é a carência de efetivo policial. “Estamos preocupados com os lojistas e com os consumidores e por isso buscamos soluções urgentes para essa questão”, destaca Tauffer. Durante a conversa com Colombo, que contou ainda com a presença do vice-Presidente da FCDL, Raulino Esbiteskoski, deputado Darci de Matos e do prefeito de Joinville, Udo Döhler, o governador afirmou ao presidente da FCDL/SC que novos policiais prestaram concurso e estarão nas ruas em breve para reforçar a segurança.

O secretário de Estado da Segurança Pública, César Augusto Grubba, confirma o aumento no contingente de policiais civis e militares. De acordo com a SSP, entre 2011 e 2016 foram lançados 22 editais de concursos públicos, com a nomeação de 6.529 novos profissionais de carreira, sendo 5.235 já chamados e 1.294 incluídos em junho de 2016. “Temos em formação um contingente de policiais militares e civis nas respectivas academias. São 711 militares e 486 policiais civis. Eles concluem seus cursos até o final deste ano e, no caso dos militares, início de 2017”, acrescenta.

Além do reforço das polícias, até o final de 2016 mais da metade dos municípios catarinenses deve estar com cobertura de videomonitoramento. “Estatísticas comprovam que onde há câmeras, a criminalidade reduz”, conta Grubba. O sistema funcionava em 2010 com 369 câmeras em 12 cidades e atualmente são 2.300 câmeras em 130 cidades, de acordo com a Secretaria de Segurança.

Grupo de WhatsApp em São José

Graças à união dos empresários, os produtos roubados de uma loja de São José foram recuperados e o criminoso preso. No dia 12 de julho uma ótica e relojoaria na Avenida Leoberto Leal, em Barreiros, foi invadida pelo bandido armado com uma faca. Os colaboradores do estabelecimento avisaram o ocorrido em um grupo colaborativo de WhatsApp com empresários da avenida, que chamaram a polícia. A ideia foi implantada durante debate sobre a segurança da região, em maio deste ano.

Vigilância dupla em Cocal do Sul

O programa Vizinho Solidário, em Cocal do Sul, é uma parceria da Polícia Militar do município, Câmara de Vereadores, CDL e Conselho de Segurança (Conseg) e foi implantado com a ideia de unidade entre vizinhos, monitorando as casas sem moradores por determinado período. “O segredo do sucesso do projeto é a parceria. Quando a entidade, a sociedade e o poder público se unem em prol de um objetivo o resultado é fantástico”, celebra o presidente da CDL local, Fernando de Fáveri. Iniciado no Loteamento Valdemar Búrigo, no bairro União, com 50 famílias, o programa já atende 200 residências em cerca de 30 ruas. Outra iniciativa foi a instalação de cerca de câmeras de vigilância em parceria com a iniciativa privada. A meta para cinco anos é ter mais 170 câmeras nas áreas urbana e rural.

 Fonte: Jornal Floripa

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Varejo catarinense reforça preocupação com segurança
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