As telonas sensíveis ao toque, que começaram a fazer parte de algumas lojas do McDonald’s, deixam de ser apenas um teste para a empresa. Entenda

O investimento no digital vem cada vez mais fazendo parte das estratégias do Mcdonald’s. Com uma marca consolidada no mundo inteiro, a experimentação em alguns de seus restaurantes é válida. Mas o que era um teste pode estar se tornando em uma identidade da marca. Em entrevista ao canal norte-americano CNBC, o CEO da rede de fast food, Steve Easterbrook, disse que o restaurante adicionará 1.000 totens de auto-atendimento, telas sensíveis ao toque onde o cliente pode fazer seu pedido e pagar sem a ajuda de um funcionário, a cada trimestre, nos próximos dois anos.

No Brasil, algumas unidades já operam com esse modelo digital. A primeira foi em São Paulo, no bairro de Pinheiros. Em 2015, o McDonald’s começou a testar essas telas com a função apelidada de “crie seu sabor” em alguns estabelecimentos da empresa nos Estados Unidos, permitindo que os usuários criem hambúrgueres personalizados com ingredientes de alta qualidade, como guacamole e cebola caramelizada.

Na época, os hambúrgueres chegavam com as batatas fritas servidas em cestos de metal, numa tentativa de fazer a apresentação parecer mais sofisticada. O McDonald’s fechou o experimento um ano depois, depois que os clientes reclamaram que os hambúrgueres eram muito caros e demoravam demais para o fast food. Mas, desta vez, a iniciativa tem mais relação com conveniência do que personalização.

Segundo o CEO do McDonald’s, quando as pessoas têm mais poder e todas as opções aparecem em sua tela sem que haja aquela pressão de escolher rápido um pedido, elas selecionam mais e, portanto, gastam mais. Esse tempo de escolha mais demorado está fazendo com que o gasto médio seja maior, em comparação com o método tradicional de atendimento.

Demanda pela rapidez

De acordo com uma pesquisa da Market Force Information, de abril de 2018, obtida pelo site E-marketer, os usuários de internet dos EUA têm aumentado sua demanda pelo uso de tecnologia para otimizar pedidos em restaurantes. Em 2015, a pesquisa mostrou que 30% dos entrevistados disseram ter usado pedidos habilitados por alguma tecnologia nos últimos 90 dias. Hoje, esse número chega a 62%.

Um terço dos usuários de internet dos EUA disseram preferir usar quiosques, aplicativos ou tablets para fazer seus próprios pedidos, em vez de fazer pedidos no balcão. Uma preferência pelo ordenamento tradicional era mantida pela maioria de todas as faixas etárias e – não é surpresa – essa preferência era mais forte para os consumidores mais velhos.

 

Escrito Por: Leonardo Pinto
Fonte: Conarec
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