VENDAS EM SETEMBRO
Em relação a agosto, em %
-2,95,411,9-6,2Set 2001Set 2005Set 2010Set 2015-10-5051015
Fonte: IBGE

“Essas oito taxas negativas consecutivas contabilizam 6,8% de perda. É provavelmente a maior perda acumulada. É a maior sequência de taxas negativas [ da série, iniciada em 2000”]”, analisou Isabella Nunes, gerente de Serviços e Comércio do IBGE.

Em relação a setembro do ano passado, o comércio registrou retração de 6,2%. De acordo com o IBGE, a taxa é a maior nessa base de comparação para os meses de setembro e a segunda maior de toda a série, ficando atrás apenas do indicador de março de 2003, quando a baixa foi de 11,4%.

No ano, de janeiro a setembro, o setor acumula queda de 3,3% nas vendas e, em 12 meses, de 2,1%.

Com a queda de 0,5% em setembro, as vendas do varejo estão 9,2% abaixo do ponto mais alto da série, alcançada em novembro de 2014.

Vendas no comércio brasileiro (Foto:  REUTERS/ Nacho Doce) ....  Recomendado por Edilson Mota de OliveiraVendas no comércio brasileiro recuaram em setembro (Foto: REUTERS/ Nacho Doce)

“A redução de compra está ligada à redução da renda, à redução de crédito e à pressão inflacionária. São esses três que podem explicar a redução do consumo doméstico”, disse Isabella.

A maioria dos segmentos mostrou baixa nas vendas de agosto para setembro, com destaque para veículos, motos, partes e peças, que recuaram 4%, outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,7%), entre outros.

O ramo de supermercados, alimentos e bebidas, que mais pesa sobre o desempenho do varejo brasileiro ficou quase estável, apontando uma ligeira alta de 0,1%.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, as oito atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE registraram recuo. As vendas de móveis e eletrodomésticos caíram mais do que todas as outras: 17,9%, seguidas por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%); combustíveis e lubrificantes (-8,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-12,9%).

“O comportamento negativo deste setor [móveis] vem sendo decorrente de fatores como restrições ao crédito, principalmente em função do aumento da taxa de juros no crédito para pessoas físicas, além da influência da redução da massa real dos rendimentos, com recuo de 6,1% frente a igual mês do ano anterior”, afirma o IBGE, em nota.

No terceiro trimestre do ano, as vendas do varejo mostraram queda de 5,7%. Segundo Isabella Nunes, este é o pior resultado para o trimestre desde 2003, quando recuou 6,1%.

Varejo ampliado
O varejo ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou queda ainda maior em relação a setembro de 2014: 11,5%. No ano, a retração acumulada é de 7,4% e, em 12 meses, de 6%.

Assim como no “varejo não ampliado”, o desempenho do segmento reflete o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças, que caíram quase 22%.

“Quando observa o ampliado, a situação é ainda um pouco mais crítica. Envolvem também expectativa dos empresários em relação à situação”, disse Isabella.

Queda no Maranhão
De agosto para setembro, o comércio vendeu mais em 23 das 27 unidades da federação, com destaque para Maranhão (-5,3%) e Mato Grosso do Sul (-3,0%). Na contramão, o varejo registrou taxas positivas em São Paulo (1,5%) e em Alagoas (1,7%).

Já na comparação com setembro de 2014, o volume de vendas caiu em todos os estados. A exceção foi Roraima, onde as vendas subiram 2%. No Amapá, a baixa foi de 18,9%, na Paraíba, de 15% e, em Alagoas, de 13,2%.

Receita nominal
Na comparação com agosto, a receita nominal do comércio subiu 0,1%. No ano, acumula alta de 3,5% e, em 12 meses, de 4,5%.

Fonte: G1

….

Recomendado por Edilson Mota de Oliveira
Vendas no comércio caem pelo oitavo mês seguido, diz IBGE
Classificado como:    
Open chat