As Organizações PaulOOctavio entraram no mercado de shoppings em 1994 para aproveitar o vigor de um setor que segue driblando a crise

 

Por Camila Mendonça*

 

Lançar-se em um setor que requer altos investimentos é para poucos e demanda coragem. Mas foi o que fez Paulo Octavio Alves Pereira, de 66 anos, presidente das Organizações PaulOOctavio. A companhia atua em negócios de diversos segmentos, como hotéis, seguros, automotivo, comunicação, além de construção.

 

No mercado há 41 anos, a empresa iniciou os investimentos na indústria de shopping centers em 1994, quando começou as obras do Brasília Shopping, inaugurado em 1997. Ao longo desses anos, Paulo Octavio viu o setor mudar e se desenvolver, tanto nos conceitos como nos processos.

 

 

Revista Shopping Centers –   A empresa tem mais de 40 anos de história, mas as inaugurações dos shoppings datam de mais ou menos 20 anos. Há quanto tempo a companhia atua nesse setor e por que entrar nele?

Paulo Octavio Alves Pereira    Com o crescimento do segmento de shopping centers no país, em meados da década de 90, decidimos investir no setor para atender a demanda de um dos mais aclamados mercados de consumo brasileiro, o do Distrito Federal. Iniciamos a obra do Brasília Shopping em 1994 e o inauguramos em 21 de abril de 1997.

 

Revista Shopping Centers –    Quais as particularidades do planejamento e da construção de um shopping center em relação a outros grandes empreendimentos? 

Paulo Octavio Alves Pereira    O primeiro passo é sempre efetuar o estudo de potencial de mercado, que nos dá um diagnóstico completo sobre a região, principalmente em relação à capacidade instalada no varejo e seu potencial de consumo. A principal diferença em relação aos demais empreendimentos é que nos shoppings temos uma relação de longo prazo com os nossos lojistas, razão pela qual temos como premissa a busca constante de parceria e transparência.

 

Revista Shopping Centers –      Vocês já construíram grandes shoppings ao longo dos últimos anos. O que podemos perceber de evolução na construção desses equipamentos? 

Paulo Octavio Alves Pereira   Com o passar do tempo, os processos de construção foram se modernizando, novas técnicas chegaram ao mercado, o que resultou na melhoria do tempo de construção. Racionalizamos os processos com materiais ambientalmente corretos, com a economia de madeira, que foi trocada por estruturas metálicas, o que acelerou o processo de construção, além de não agredir o meio ambiente. Onde ainda tem madeira, usamos apenas a certificada. Também usamos ar-condicionado com termoacumulação, que congela a água à noite, quando a energia é mais barata. E o gelo resfria os sistemas dos shoppings durante o dia. As fachadas são feitas com vidros que reduzem a carga térmica para dentro do ambiente.

Além disso, os projetos hoje são feitos para que o consumidor se sinta mais à vontade no momento da compra, com corredores curvos, pé-direito mais alto e praças de alimentação bem iluminadas.

 

Revista Shopping Centers –     Hoje, qual é a maior preocupação das empresas de shopping na hora de demandar a construção de um empreendimento? 

Paulo Octavio Alves Pereira     A burocracia para a aprovação de projetos é uma de nossas maiores preocupações. No Distrito Federal, a aprovação inicial tem demorado, no mínimo, três anos, o que é absolutamente indesculpável para empreendedores que estão gerando milhares de empregos. Destacamos também a instabilidade na economia, pois entre o início da obra e a inauguração estamos sujeitos a variações significativas, que podem impactar negativamente o resultado do negócio.

 

Revista Shopping Centers –       O que tem sido mais demandado das empresas de shoppings?

Paulo Octavio Alves Pereira      Estamos investindo cada vez mais em espaços maiores destinados a gastronomia, cinema e a outras áreas voltadas ao lazer da comunidade, além de, sempre que possível, construir torres comerciais, residenciais e até mesmo hotéis, satisfazendo assim todas as necessidades dos nossos clientes.

 

 

Revista Shopping Centers –      De todos os projetos que aPaulOOctaviotem no portfólio, quais foram os mais desafiadores? Em quais aspectos? 

Paulo Octavio Alves Pereira      O projeto mais desafiador foi o Taguatinga Shopping (no Distrito Federal). Primeiro por causa do porte, muito maior que os anteriores.  Segundo, porque seria um shopping regional, voltado para um público que representava, na ocasião, cerca de 60% do Distrito Federal.

 

Revista Shopping Centers –       Quais são os novos projetos que a empresa está tocando no mercado de shopping centers?

Paulo Octavio Alves Pereira       Temos projetos prontos para as cidades de Águas Claras, Gama e Planaltina, adequados à sua vizinhança. Eles estão na “prateleira”, na expectativa de uma retomada do crescimento econômico que viabilize o seu desenvolvimento.

 

 

Revista Shopping Centers  –     Qual a contribuição do segmento de shopping centers para o desempenho da empresa?

Paulo Octavio Alves Pereira      Nossa organização celebrou o Dia do Trabalho contabilizando 5.112 empregos e comemorando a inclusão social de milhares de homens e mulheres. São empregos produtivos, gerados em ambiente seguro e decente, conforme prevê a Organização Internacional do Trabalho. Neste momento grave que o Brasil atravessa temos a satisfação de demonstrar nosso compromisso com Brasília e o Brasil, produzindo desenvolvimento e prosperidade para a nossa cidade e dignidade para os brasileiros que formam a nossa força de trabalho e garantem a estabilidade social de que o país tanto precisa.

 

*Matéria publicada pela Revista Shopping Centers, da Abrasce

Fonte: ABRASCE
Recomendado por Edilson Mota de Oliveira.
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